O inverno chegou e, com ele, vêm as inevitáveis frentes frias. Nessa época, uma preocupação é certa para os síndicos: como preparar o condomínio para as chuvas? Para não ter surpresas desagradáveis, como possíveis infiltrações, entupimentos de canos e calhas, quedas de árvores e alagamentos, é aconselhável estabelecer um plano de manutenção preventiva ao longo de todo ano.

Comece com um plano de contingência para preparar o condomínio para as chuvas

Para as chuvas fortes, o condomínio deve adotar um plano de contingência com medidas de segurança para casos de alagamento, que deve ser divulgado a todos os colaboradores e moradores. 

Para isso, cabe à administração mapear pontos de alagamento na área interna do prédio para orientar, se preciso, o remanejamento futuro de ralos. Já na área externa, é bom prestar atenção ao alagamento de vias públicas no entorno do condomínio; Isso permite que a administração acione com antecedência o poder público ou tome medidas preventivas para evitar, por exemplo, a entrada de águas no subsolo.

A administração condominial, ainda, deve fixar nas áreas comuns uma placa de alerta, conforme a NBR 5419/2015: “Não circular pelas áreas externas do edifício em caso de tempestade”.

Outras regras para os condomínios em caso de chuvas fortes

  • Não permitir uso de quadras, playgrounds ou piscina;
  • Fazer a manutenção regular de playgrounds para evitar problemas estruturais, como peças de brinquedos soltas que possam atingir – e machucar – alguém;
  • Bloquear o acesso à área comum, especialmente de crianças;
  • Em casos de tempestades mais sérias, solicitar aos condôminos que desliguem aparelhos eletroeletrônicos das tomadas e, se o condomínio não tiver gerador, evitarem o uso do elevador;
  • Avisar a todos, principalmente aos idosos, para não sair e não usar o elevador;
  • Desligar portão e elevador para não queimar ou causar incêndio.

Manutenção preventiva também é essencial

Realizar a manutenção preventiva também é uma maneira de prevenir maiores problemas e evitar obras e gastos imprevistos. Veja este checklist de itens essenciais para ficar de olho regularmente: 

  • Verifique a fixação de toldos, coberturas e telhados;
  • Faça a limpeza de ralos e calhas nos subsolos, térreo, barrilete (topo do prédio) e grelhas; 
  • Providencie a verificação de todo o encanamento e a limpeza da tubulação de água e esgoto. É preciso que os canos estejam identificados para uma ação rápida, em caso de necessidade de fechamento imediato;
  • Confira e, se preciso, faça a limpeza das bombas que fazem a retirada de água do prédio;
  • Faça a limpeza do poço do elevador, revisando se não há infiltração ou água empossada;
  • Cheque a luz piloto no topo do prédio e as antenas;
  • Teste todos os quadros de energia e sistema de iluminação de emergência. Revise lâmpadas ou baterias e providencie a troca daquelas que já estejam fracas;
  • Verifique se os geradores precisam da troca de óleo, de filtros ou limpeza do tanque de combustível. Com o sistema de segurança abastecido, o gerador pode auxiliar no caso de falta de energia causada pelas chuvas;
  • Fique atento à poda de árvores e arbustos. Caso suspeite de queda, solicite o serviço de poda para a prefeitura do seu município;
  • Analise o topo do prédio, garagem e térreo em busca de vazamentos ou infiltrações. Isso pode evitar futuros alagamentos;
  • Revise os portões elétricos, verificando se os fios estão devidamente aterrados para evitar acidentes. Além disso, é recomendado que o sistema eletrônico seja alimentado pelo gerador para que, no caso de falta de luz, os moradores consigam se comunicar com a portaria.

Para se evitar maiores problemas, o melhor mesmo é tomar todos os cuidados e estabelecer um plano de manutenção preventiva anual. Dessa maneira, a administração não terá dores de cabeça e o condomínio tende a passar ileso pelas chuvas.