A conquista do imóvel próprio representa um sonho para a maioria dos brasileiros e, quando se ganha pouco, o financiamento é a modalidade de pagamento mais utilizada. O problema é que, mesmo pagando parcelado, é preciso se planejar para não sofrer apertos no bolso. Então como comprar um apartamento ganhando um salário-mínimo?

Descubra a partir de agora porque você deve se planejar para adquirir um imóvel e quais alternativas podem facilitar a realização desse sonho. Confira!

Por que você deve se preparar para comprar um apartamento?

Por que você deve se preparar para comprar um apartamento?

Muita gente não acredita, mas dá para financiar um apartamento ganhando só um salário-mínimo. Tudo vai depender do planejamento e esforço que fizer. A vontade de realizar o sonho será um bom termômetro nesse sentido.

Porém, sem planejamento, muitas pessoas se enrolam com a dívida, deixam de pagar as prestações com o tempo e veem seus sonhos sendo desfeitos quando o banco toma o imóvel. Com organização e estratégia, por outro lado, você passa tranquilo pelo financiamento, sai de vez do aluguel e acumula patrimônios com maior facilidade.

Como comprar um apartamento ganhando um salário-mínimo?

Como comprar um apartamento ganhando um salário-mínimo?

Abaixo, listamos um passo a passo com as principais dicas para você conquistar um apartamento ganhando um salário-mínimo. O processo não é complicado, mas exige empenho da sua parte. Confira!

1. Organize e planeje as finanças

A primeira coisa que deve fazer é organizar as suas contas. Se você não souber quanto ganha, quanto gasta e com o que gasta, dificilmente encontrará oportunidades de controlar as despesas. Então, use uma planilha eletrônica ou um aplicativo para listar tudo o que ganha (origem, valor e data) e o que gasta (destino, valor e data) no mês, de forma separada.

Depois, classifique o que é essencial (custo fixo), como energia, água, aluguel e supermercado; e o que é variável, como saídas e compras de roupa. Passe a registrar tudo sempre para visualizar com clareza de onde vem e para onde vai o seu dinheiro.

2. Corte despesas para economizar

Com as finanças organizadas, o próximo passo é identificar oportunidades de economizar. Comece pelos custos variáveis. Se você sai todo fim de semana, por exemplo, passe a sair um sim outro não. Isso deve equilibrar o seu lazer com a economia. Quando sair, também tente economizar, aproveitando as promoções dos estabelecimentos que visitar.

Agora, olhe para os custos fixos. Você deve:

  • Economizar energia tirando os aparelhos da tomada quando não estiverem em uso, reduzir os banhos quentes, planejar a abertura da geladeira, desligar a lâmpada ao sair do cômodo etc.;
  • Evitar o desperdício de água fechando o chuveiro enquanto se ensaboa, desligar a torneira enquanto escova os dentes ou ensaboa a louça, urinar durante o banho para diminuir as descargas etc.;
  • Fazer uma lista antes de ir ao supermercado, anotando somente o que realmente precisa em casa e ser fiel à ela. Visitar as opções do bairro e registrar os preços para comprar o que for mais barato em cada estabelecimento;
  • Rever a assinatura de TV a cabo, telefonia e internet, buscando planos mais adequados ao seu perfil atual para economizar.

3. Junte o dinheiro para acumular

Adotando as medidas de economia mencionadas no passo 2, começará a sobrar um dinheiro no fim de cada mês. Então, abra uma conta poupança para acumular um montante.

O objetivo é juntar o suficiente para dar de entrada em um financiamento e ainda conseguir pagar outras despesas de compra, como taxas de registros em cartório, emissões de certidões e ITBI (Imposto de Transmissão de Bens Imóveis).

Nesse momento, você pode fazer uma breve pesquisa sobre as parcelas que pagará para determinar um valor mensal a ser depositado na conta, como se já estivesse pagando o financiamento. Isso servirá como uma simulação e ajudará você a se adaptar ao novo orçamento.

4. Invista o montante acumulado

Os juros pagos pela poupança não são tão bons. Nesse caso, quando o montante atingir R$ 10 mil, considere investir metade do que juntar em modalidades que pagam um rendimento melhor e com o mesmo nível de segurança e liquidez.

Alguns exemplos são o Tesouro Selic e CDBs (Certificados de Depósito Bancário) de liquidez diária. Para isso, você só precisa abrir uma conta em uma corretora de valores, transferir os recursos e aplicar nos títulos.

5. Use o saldo do FGTS disponível

Se você trabalha há mais de 3 anos com carteira assinada e não tem imóveis em seu nome, poderá usar o saldo do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) para dar de entrada no financiamento ou quitar as prestações em aberto.

Então, junte a documentação necessária (RG, CPF e Carteira de Trabalho) e procure uma agência da Caixa Econômica Federal para consultar o saldo disponível e verificar se pode usar no seu caso. Se puder, essa será uma grande ajuda.

6. Pesquise as oportunidades

O próximo passo é fazer uma pesquisa de mercado. Avalie os preços dos imóveis onde pretende morar, quais tipos de apartamento pretende conquistar e, principalmente, as modalidades de financiamento disponíveis. Como as taxas de juros variam muito de um banco para outro, vale a pena dedicar um tempo a essa tarefa.

Considere também os imóveis na planta, pois costumam ser mais baratos e muitas construtoras financiam a entrada até a entrega das chaves. Essas pesquisas podem ser feitas online, pelo site dos bancos, das construtoras e das imobiliárias. Com certeza você encontrará uma alternativa que se encaixa em sua faixa de renda.

7. Cadastre-se no programa Casa Verde e Amarela

Esse programa do Governo Federal  tem como objetivo financiar moradias para trabalhadores que tenham a renda mensal de até R$ 7 sete mil.

Nesta modalidade, você tem até 30 anos para pagar, com taxas de juros e descontos a serem concedidos conforme 5 faixas de renda, valor e localização do imóvel.

  • Famílias com renda mensal bruta de até R$ 2.400,00: Pode adquirir imóvel com taxa de juros nominal de até 4,75% a.a. e, para cotistas do FGTS, taxa de 4,25% a.a.
  • Famílias com renda bruta de R$ 2.400,01 até R$ 2.600,00: A taxa de juros nominal do financiamento pode chegar até 5,25% a.a. e, para cotistas do FGTS, taxa de 4,75% a.a.
  • Famílias com renda bruta de R$ 2.600,01 até R$ 3.000,00: A taxa de juros nominal do financiamento pode chegar até 6% a.a. e, para cotistas do FGTS, taxa de 5,50% a.a.
  • Famílias com renda bruta de R$ 3.000,01 até R$ 4.000,00: A taxa de juros nominal do financiamento pode chegar até 7% a.a. e, para cotistas do FGTS, taxa de 6,5% a.a.
  • Famílias com renda bruta de R$ 4.000,01 até R$ 7.000,00: Para essas famílias, na aquisição da casa própria, é disponibilizada taxa de juros nominal de 7,66% a.a e, para cotistas do FGTS, taxa de 7,16% a.a..

O desconto pode chegar ao teto máximo de R$ 47.500,00 sendo considerados os fatores sociais, de renda, capacidade de pagamento e especificidades da população de cada região.

Nos casos de financiamentos destinados a titulares de conta vinculada, com no mínimo 3 anos de trabalho sob o regime do FGTS, a taxa de juros dos financiamentos será reduzida em 0,5% a.a..

O valor máximo do imóvel para financiamento é de R$ 264 mil.

Agora que você já sabe como comprar um apartamento ganhando um salário-mínimo, aproveite as nossas dicas para iniciar um planejamento ainda hoje e realizar esse sonho o mais rápido possível!

Gostou deste conteúdo? Então, saiba mais detalhes sobre como usar o FGTS para financiar o apartamento!