Poupar dinheiro para conquistar a casa dos sonhos é fundamental,  mas quais as melhores formas de fazer isso? Com alguns ajustes no orçamento e muita disciplina, o futuro comprador pode conseguir juntar dinheiro a ponto de pagar a entrada à vista ou fazer o financiamento com uma parcela que caiba perfeitamente no orçamento.

E não precisa ser especialista em finanças ou ganhar muito para que isso aconteça. O principal é ter organização e paciência para ver o dinheiro ali parado sem se render à tentação de gastá-lo. Nesse momento, resistir é a palavra de ordem! 

Juntar dinheiro para emergências é essencial

Antes de pensar em juntar dinheiro para o imóvel, é recomendável ter uma reserva de emergência. Para isso, uma dica é se planejar para guardar o equivalente a 30% do salário mensal. 

Segundo a criadora e consultora do portal de finanças “Me Poupe”, Nathalia Arcuri, para isso o consumidor deve poupar – e manter em caixa –  no mínimo seis meses do valor integral do salário. Por exemplo: Se uma pessoa ganhar R$ 1.000, a sua reserva deve ser de R$ 6.000.

Esse dinheiro deve ser usado somente em casos de urgência. Por exemplo, quando estoura o encanamento da casa ou dá algum problema na fiação elétrica.

Além disso, é necessário fazer uma planilha detalhada – no computador, em aplicativos ou no papel –  para que as despesas não ultrapassem os 70% restantes da renda mensal. É importante lembrar que é desse valor restante do salário que sairá o dinheiro que será poupado e que, futuramente, será o pagamento da entrada ou do financiamento para a compra do imóvel.

Crie uma meta clara, consciente e consistente para poupar

Para quem tem mais dificuldades para guardar dinheiro, o ideal é organizar uma planilha de finanças e estipular o quanto se pode gastar e poupar. Tudo deve ser anotado: do cafezinho à troca de lâmpadas.

Uma alternativa para criar disciplina é pagar boletos mensais para si mesmo ou aderir a técnicas como o desafio de poupar dinheiro durante 52 semanas, que ficou bastante popular na Internet. Nesse método, por exemplo, é possível acumular R$ 6.890 juntando valores semanais múltiplos de 5. A ideia é bem simples: a pessoa deve se comprometer a poupar R$ 5 na primeira semana, R$ 10 na segunda, e daí por diante até completar um ano (as 52 semanas).

Outra boa opção para poupar é aderir às reservas automáticas oferecidas por alguns bancos e corretoras. Dessa maneira, o correntista define um melhor dia e valor para guardar dinheiro todo mês. Só é preciso ficar atento às taxas de rentabilidade e aos prazos de liquidação dos investimentos.

Poupar a quantia certa para cada gasto é essencial 

Uma vez organizado e com a reserva de emergência constituída, é hora de pensar na entrada para a compra do imóvel. No Brasil, a maior parte das linhas de crédito permite financiar até 80% do valor do bem. Sendo assim, o ideal é se programar para reservar pelo menos 20% desse valor para a taxa de entrada. Ou seja, para um apartamento de R$ 299 mil, será preciso juntar cerca de R$ 59,8 mil para iniciar o processo de compra. Veja os procedimentos necessários para o financiamento

Além disso, é bom estar preparado para pagar a documentação do imóvel, como certidões negativas, o Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI), os custos com cartório etc. E pesquisar o valor das taxas, prazos e condições de pagamento.

Com essas dicas e disciplina, o sonho da casa própria com certeza estará bem mais próximo de se tornar realidade.