Toda decoração exige uma iluminação eficaz. Mas, para proporcionar uma luminosidade correta ao lar, é necessário ter um mínimo de conhecimento sobre a diferença entre as temperaturas de cor da luz e até saber o que levar em conta na hora de comprar. Ficou perdido? Não se preocupe, pois vamos te ajudar nessa descoberta. 

Luminosidade x potência e as lâmpadas de LED

Quando procuramos por lâmpadas em lojas ou supermercados é quase certo procurarmos pela potência de consumo, mas  a busca pode ficar bastante complicada quando nos deparamos com as informações das embalagens: Watts, Lúmens ou Kelvin. 

Enquanto os Watts estão relacionados ao consumo da lâmpada, os Lumens estão relacionados à capacidade de iluminação da lâmpada no ambiente. Watts e Lúmens são duas informações presentes em lâmpadas incandescentes, fluorescentes e de LED. 

Em Lúmens, cada metro quadrado precisa de 100 a 200 lúmens. Então, por exemplo, para iluminar uma sala de jantar de 5 metros por 4 metros, ou seja, 20 metros quadrados, você precisa de 2000 a 4000 Lúmens. Logo, se cada lâmpada tiver 1000 Lúmens, serão necessárias de 2 a 4 lâmpadas para se ter a luminosidade adequada ao ambiente.

Já em watts, como regra geral, existe uma fórmula para calcular a potência da luz que você precisa em um cômodo: largura do cômodo x comprimento do cômodo x 3,2 = quantidade de potência em iluminação LED para iluminar um ambiente. No exemplo da sala citado acima, seria: 5 (metros) x 4 (metros) x 3,2 = 64. Ou seja, você precisaria de 64 watts de potência em iluminação LED, o que pode ser alcançado com 4 lâmpadas LED de 16 watts cada ou duas lâmpadas LED de 32 watts cada.

A medida em Kelvin (k), por sua vez, refere-se à “temperatura” da cor. Quando se fala em decoração, é essa informação que você precisa para saber se a luz terá um aspecto branco ou mais amarelado. Nesse caso, quanto mais alta a unidade de medida, mais clara será a tonalidade da luz. Geralmente, temos disponível no mercado lâmpadas de luz branca fria, que emitem nuances mais azuladas (a partir de 6000k), luz neutra, levemente amarelada (entre 4600k e 5500k) e branca quente, também chamada de amarela por causa das nuances nesse tom (entre 2700k a 3500k). O ideal em uma residência é variar entre 2700K e 6000K, conforme a necessidade de iluminação e o uso em seu dia a dia.

O que é uma iluminação fria ou quente?

Ou seja, em resumo, a iluminação fria nada mais é do que as lâmpadas com a luz na tonalidade mais branca ou azulada; Já a quente, é a mais amarelada. É importante frisar que o conceito de luz quente ou luz fria não se refere ao calor físico da lâmpada, e sim à tonalidade de cor que ela fornece ao ambiente. Ou seja, isso também nada tem a ver com a energia gasta. O que define o consumo – valor cobrado na conta de luz – é a potência da lâmpada e não a sua cor. Veja aqui outras formas de economizar a tarifa de energia.

Outro equívoco é que costuma-se ter a impressão de que quanto mais branca é a iluminação, maior é a sua potência. O que difere mesmo é que a intensidade da luz branca proporciona mais contraste, dando a impressão de que o local está mais claro. Por outro lado, a luz amarelada remete mais ao aconchego, oferecendo um maior conforto para a visão.

A escolha da iluminação envolve mais a questão estética do que funcional

É normal ter dificuldade na hora de escolher um tipo de iluminação adequada para um ambiente. Afinal, nas prateleiras das lojas existem uma infinidade de spots, luminárias e lâmpadas variadas. Mas o que, realmente, deve ser levado em consideração é o seu conforto visual. Tem gente que se sente mais confortável em um ambiente super iluminado – a que muitos, inclusive, se referem como “luz de padaria” – , já outros preferem criar uma atmosfera mais intimista. O seu estilo é o que vai definir a iluminação da sua casa.

Como usar a luz para determinar sensações em cada ambiente: 

Luz branca (mais azulada) 

Elas iluminam “tudo” e ficam perfeitas em lugares que precisam de atenção plena. Muito utilizada em laboratórios, refeitórios e indústrias, elas também caem bem em escritórios, áreas de estudo, cozinha, banheiro ou em oficinas caseiras destinadas a alguma atividade que exija precisão, como costura, artesanato, etc. Essa intensidade luminosa também é bastante utilizada para trazer uma sensação maior de frescor ao ambiente, dessa maneira é bastante vista em postos de gasolina, supermercados e hospitais.

Luz branca neutra (levemente amarelada) 

Foto: Alex Colom / Shutterstock.com

Tem uma boa intensidade e é considerada como a luz que “desperta a concentração” das pessoas na medida certa. São indicadas para serem usadas em spots de luz ou luminárias em consultórios, farmácias, escolas e no home office. 

Luz branca quente (luz amarela) 

Essa é, definitivamente, a luminosidade para quem é adepto do estilo aconchegante. Como pode ajudar a criar um ambiente mais sociável e intimista, ela é indicada para quartos, salas de estar e qualquer outro cômodo reservado para o relaxamento ou lazer. Para ambientes que necessitam de uma iluminação com temperatura mais quente, o ideal é utilizar entre 2700K a 3500K.

Uma boa iluminação pode proporcionar um ambiente agradável e gerar mais funcionalidade. É preciso, porém, ficar atento à iluminação para não desvalorizar ou prejudicar o principal objetivo de um cômodo. Ilumine os pontos certos e, com certeza, você irá garantir o funcionamento adequado dos espaços.