Investir no mercado imobiliário é um desejo comum entre a maioria dos brasileiros, especialmente em função da segurança e das excelentes possibilidades de lucro que a aquisição de um imóvel pode proporcionar. Diante dessa realidade, saber quais são os piores erros de quem deseja comprar seu primeiro apartamento é fundamental.

Ao mesmo tempo em que a aquisição de uma propriedade com boas qualidades pode ser uma ótima alternativa para gerar patrimônio e ganhar mais solidez financeira, escolhas erradas são capazes de minar o orçamento e trazer uma enorme dor de cabeça no futuro. Confira o conteúdo a seguir e descubra como evitar isso!

Não ter um bom planejamento financeiro

Definitivamente, um dos piores erros de quem deseja comprar seu primeiro apartamento é não fazer um excelente planejamento financeiro. Isso é muito importante, sobretudo ao considerarmos que se trata de uma transação de valores elevados, que pode impactar o orçamento por anos ou até décadas.

Abaixo, confira o que você não pode fazer em relação ao planejamento das finanças.

Não ter metas e objetivos claros

Um dos piores erros de quem deseja comprar seu primeiro apartamento é não ter metas e objetivos claros, pois esse é o tipo de estratégia que ajuda qualquer pessoa a juntar dinheiro e focar seus esforços em prol de algo duradouro e vantajoso. Invariavelmente, quando você sabe onde quer chegar, fica mais fácil descobrir o caminho a ser seguido.

Ao perceber que deve acumular certo valor para adquirir um imóvel, é possível estabelecer a quantia a ser guardada todos os meses e qual será o período necessário para atingir o montante. Mesmo se você decidir optar por um financiamento, é preciso ter o dinheiro da entrada (que não costuma ser pequena).

Ignorar o seu verdadeiro salário

Por incrível que pareça, muitas pessoas desconhecem seus verdadeiros salários. Isso ocorre porque você não deve considerar apenas o que está escrito em seu holerite, mas sim quanto efetivamente entra na sua conta no final do mês. Somente dessa forma é possível estipular um valor viável para economizar e comprar um apartamento.

Comece pegando sua remuneração bruta e desconte, de cara, as despesas fixas — que não poderiam deixar de ser pagas. Afinal, esse é um capital que você jamais terá à disposição, a menos que mude seus hábitos de vida. Observando quanto restou, monte a sua programação e defina objetivos reais em curto, médio e longo prazos.

Desconhecer o quanto você gasta

Depois de descontar as despesas fixas do seu salário, chegou a hora de fazer uma boa análise sobre os gastos eventuais, visto que eles podem ser responsáveis por uma boa fatia do seu orçamento. Dessa maneira você também consegue controlar melhor sua vida financeira, pois fica mais simples fazer o planejamento mensal.

Além de colocar tudo no papel, é recomendado ter uma boa conversa com a família e explicar que esse é um momento de investimento. Enfatize que a geração de patrimônio é benéfica para todos, até mesmo porque um imóvel pode trazer mais estabilidade ou servir como fonte de renda passiva durante muitos anos (e até décadas).

Não ter uma reserva de emergência

Depois de vencidas as etapas iniciais você deve fazer o seu planejamento financeiro de forma a conseguir montar uma reserva de emergência, pois imprevistos são muito comuns na vida de qualquer pessoa. Eles são causados pelos mais diversos motivos, sendo que quem não estiver preparado poderá sofrer consequências devastadoras.

Ninguém está livre, por exemplo, de uma demissão imprevista ou do surgimento de despesas inesperadas, como tratamentos médicos ou o conserto de um veículo. Dependendo da sua estabilidade no trabalho, o valor a ser acumulado varia, mas o ideal é que seja ainda maior para os profissionais liberais e autônomos.

Esquecer-se de fazer simulações

Um passo crucial para quem não quer errar na hora de comprar o primeiro apartamento é fazer tantas simulações quanto puder. Isso é imprescindível no mercado atual, pois os bancos e as demais instituições financeiras oferecem modalidades e condições completamente diferentes dependendo dos prazos, do valor total e do perfil do cliente.

O financiamento bancário é a alternativa mais comum no Brasil. Nele, o beneficiário precisa devolver o recurso obtido em várias prestações, que vão sendo acrescidas de juros. Vale a pena realizar uma pesquisa e analisar qual escolha oferecerá as melhores vantagens para você.

No caso de um imóvel na planta, a possibilidade de fazer o financiamento direto com a construtora é interessante, visto que a instituição é diretamente interessada em fechar o negócio com você. Geralmente, são oferecidos prazos menores do que os de bancos para o pagamento, mas há uma flexibilidade maior em outros pontos.

Abrir mão de bons investimentos

Outro dos piores erros de quem deseja comprar seu primeiro apartamento em termos de planejamento é deixar o dinheiro parado e não investi-lo. Pouco adianta acumular uma parte considerável do seu orçamento se você não fizer com que esse montante trabalhe a seu favor e aumente tão rápido quanto possível.

É preciso aplicar valores com inteligência e estratégia, de forma a obter dividendos que o permitam atingir seu objetivo. Fuja apenas da caderneta de poupança e, mesmo que você entenda sobre o assunto, busque por ajuda profissional para encontrar aplicações que garantam o melhor retorno.

Não fazer boas pesquisas para comprá-lo

Logicamente, é imprescindível juntar o dinheiro necessário para a aquisição do imóvel, mas também é muito importante realizar boas pesquisas para não errar em tal momento. Isso porque se trata de uma transação que envolve valores muito elevados, sendo que uma escolha errada pode trazer arrependimentos e uma baita dor de cabeça no futuro.

A seguir, veja as falhas que você não pode cometer nessa busca.

1. Não pesquisar bastante antes da aquisição

Não dá para fazer uma compra tão importante sem ter o máximo de informações sobre o objeto da aquisição, não é mesmo? Por essa razão, você não pode deixar de pesquisar bastante antes de fechar o negócio. Essa é uma das dicas mais básicas sobre os erros que não devem ser cometidos, mas também uma das mais importantes.

É preciso ter subsídios para decidir com inteligência — e uma das maneiras de fazer isso é usando e abusando da internet. Em sites, blogs e fóruns, você pode avaliar qual é o valor médio do metro quadrado nas regiões de interesse, assim como quanto estão pedindo por unidades que atendam às suas necessidades.

Outra boa ideia é tentar conversar com os moradores locais, visto que eles são as pessoas mais indicadas para falar sobre as características do lugar em que você deseja morar e, até mesmo, a respeito do condomínio ou do perfil da vizinhança. Muitos problemas podem ficar escondidos à primeira vista, por isso todo cuidado é pouco!

2. Não sobrepor a razão à emoção

Sem sombra de dúvidas, comprar o primeiro apartamento movido pela emoção é uma falha que você não deseja cometer. Por isso, na hora de fazer a pesquisa e encontrar a unidade perfeita para suas demandas, é preciso colocar a razão em primeiro lugar, deixando de lado qualquer decisão impulsiva ou desprovida de racionalidade.

Seja o mais pragmático que conseguir, pois assim será possível obter um bom retorno no futuro. É imprescindível ter a mente aberta e observar, por exemplo, se existem excelentes oportunidades as quais você não havia enxergado por mero preconceito ou pelo fato de estar arraigado em julgamentos e opiniões que não condizem mais à realidade.

Um bairro que era considerado nobre na sua infância ou adolescência pode estar em decadência e apresentar problemas de segurança ou mobilidade nos dias de hoje. Já uma área antigamente vista como de segunda linha pode ter recebido melhorias e se apresentar uma alternativa bastante interessante em termos de valorização.

Fique de olho nas localidades que estejam recebendo investimentos da iniciativa privada, como a construção de shoppings ou modernos empreendimentos residenciais. Mas o poder público também tem o seu peso: as adjacências de novas estações de metrô ou trem costumam ter boa demanda e grandes perspectivas.

3. Não se decidir entre um imóvel novo ou usado

Na hora da procura, também é muito importante definir se você quer um imóvel novo ou usado, pois isso ajuda a direcionar os esforços para o tipo de unidade que melhor atende aos seus anseios e às necessidades da sua família. É preciso ter em mente que existem ótimas opções para ambas as situações, mas uma delas é a ideal para você.

Para aquelas pessoas que já precisam se mudar com certa urgência, por exemplo, o mais indicado seria adquirir uma unidade usada. Quem não está com tanta pressa para fazer a mudança, por outro lado, pode optar pela alternativa que tende a ser mais vantajosa: os apartamentos na planta — além de novos, eles trazem importantes benefícios.

Um imóvel novo é sempre mais moderno e atende melhor à rotina dos indivíduos de hoje, que usam muitos aparelhos eletrônicos ou eletrodomésticos e não gostam de perder tempo com as demandas do lar. Além disso, como as construtoras apresentam boas facilidades de compra.

4. Não definir os detalhes importantes

Decidir-se entre um imóvel novo ou usado é essencial, mas definir quais detalhes são importantes também é uma atitude imprescindível para ajudar na sua procura. É preciso avaliar as suas prioridades, como localização estratégica ou uma unidade em um condomínio que conte com muitas vagas de garagem ou opções de lazer.

Quem tem filhos pequenos, por exemplo, tende a ter uma rotina mais simples se morar perto da escola deles. Já aqueles que não abrem mão da saúde e da forma física se darão melhor vivendo em um prédio com academia de ginástica ou próximo de parques e praças. Observar essas demandas é crucial para fazer uma boa escolha e não se arrepender depois.

Comprar o imóvel de uma empresa sem credibilidade

Uma vez que você já seguiu todos os passos até aqui e está se sentindo muito mais seguro para a hora de adquirir seu primeiro apartamento, um erro que não pode ser cometido é comprar o imóvel de uma empresa sem credibilidade no mercado. Saiba que isso pode trazer problemas muito sérios a longo prazo.

Mais uma vez, a web pode ser uma grande aliada para adquirir uma propriedade de uma empresa com credibilidade. Com poucos cliques, você tem a chance de pesquisar sobre a reputação da companhia e verificar se existem muitos clientes insatisfeitos — ou, então, se os prazos e as promessas foram devidamente cumpridos em empreendimentos anteriores.

No caso da imobiliária, procure as páginas de entidades como o Secovi (Sindicato Estadual da Área de Habitação) e o Creci (Conselho Regional de Corretores de Imóveis). Observe os registros profissionais dos corretores e da própria empresa, além de reivindicações ou qualquer irregularidade.

Quanto à construtora, você pode conferir seu índice de reclamações nos órgãos de defesa do consumidor, como o Procon. Não leve em consideração apenas o índice de ocorrências, mas sobretudo como a empresa lidou com cada uma delas e o percentual de resoluções de sucesso para os problemas associados à essa organização.

Não ler atentamente o contrato

Ler atentamente o contrato de compra e venda é um ponto muito relevante na hora de adquirir um imóvel. Esse documento funciona como um compromisso entre o vendedor e o comprador, de forma que traga garantias para todos os envolvidos na negociação até a lavratura da escritura pública, que é uma etapa posterior.

É no contrato que estarão o valor acertado entre as partes, além das condições e das formas de pagamento, gerando o direito jurídico da compra do imóvel. Isso só reforça que ele precisa ser muito bem elaborado, preferencialmente por um advogado com conhecimentos do mercado imobiliário e/ou profissionais que atuem no segmento.

Os dados fundamentais que devem constar nesse documento são os nomes e a identificação do comprador, do vendedor e dos seus cônjuges, se for o caso. O mesmo vale para as informações do imóvel, como endereço, registro junto à prefeitura, descrição de características, assim como valores de venda e as taxas praticadas.

Para unidades na planta, também é preciso constar as datas de início e término da obra, o valor e as condições de pagamento, dados da construtora, prazo de carência para eventuais desistências, localização e assim por diante.

Conclusão

Depois de conferir nosso conteúdo, ficou muito mais simples não cometer os erros comuns de quem deseja comprar seu primeiro apartamento, certo? Esse deve ser um momento de alegria para qualquer família e, tomando as atitudes certas, você tem tudo para fazer um belo investimento, trazendo muito mais segurança para sua vida nos próximos anos!