Ter um financiamento habitacional aprovado pelo banco ou instituição financeira é muito importante para boa parte das pessoas. Afinal, essa modalidade de empréstimo viabiliza o sonho da casa própria e torna o pagamento do aluguel uma coisa do passado. No entanto, uma dúvida muito comum é: quanto posso financiar com meu salário?

Isso ocorre porque é imprescindível ter uma renda bruta mínima, que seja suficiente para pagar cada prestação e diminua o risco de inadimplência para a empresa que fornece o crédito e não inviabilize a rotina da família que está adquirindo a propriedade. 

Afinal, o que é renda bruta?

Antes de saber quanto você pode financiar com o seu salário, é interessante conhecer alguns conceitos, dentro os quais o de renda bruta é um dos mais relevantes. É comum vermos os bancos ou instituições solicitando esse tipo de informação, o que pode causar uma grande dúvida entre os interessados em conseguir o empréstimo imobiliário. 

Nesse ramo, a renda bruta é considerada sob o ponto de vista da família, podendo incluir o cônjuge ou parceiro em união estável. Ou seja, trata-se da soma do valor total recebido em folha de pagamento todos os meses, incluindo eventuais adicionais e sem descontos. É a partir do resultado dessa soma que serão consideradas as condições.

Como funciona o processo de financiamento?

Agora que você já sabe o que é renda bruta, vamos falar mais sobre o processo de financiamento. Quando você deseja comprar uma casa ou um apartamento por meio desse tipo de processo, você solicitará um empréstimo para fins imobiliários no banco de sua preferência, pagando depois mensalmente em prestações, acrescidas de juros.

Em resumo, existirão duas regras básicas para isso. Uma está relacionada com o valor de entrada. Salvo em algumas exceções, o mais praticado no mercado é que ela deva ser de, no mínimo, 20% do valor do imóvel. Esse acaba sendo um entrave para algumas pessoas, sobretudo nos centros urbanos, pois essa quantia não costuma ser pequena.

Além disso, outra exigência é que as futuras parcelas não comprometam mais do que 30% da sua renda bruta familiar. Lembre-se que, se você não for solteiro, ela pode ser composta pelo seu salário e de seu parceiro. Você dificilmente encontrará condições diferentes dessas, exceto em programas habitacionais ou linhas muito específicas de alguns bancos.

Por que não devemos comprometer mais do que 30% do salário?

Existem muitos motivos para que não seja recomendável que a pessoa comprometa mais do que 30% do seu salário em financiamentos imobiliários. Um deles é que, naturalmente, as instituições que fornecem crédito precisam receber o seu dinheiro de volta. Um percentual maior do que esse elevaria muito o risco de inadimplência.

Um cenário como o descrito acima não seria interessante para ninguém e poderia trazer impactos muito negativos para a economia, tendo em vista que os financiamentos imobiliários são cruciais para movimentar a construção civil e o próprio mercado imobiliário. Até por isso, essa é uma limitação regulamentada e prevista pela lei.

Vale frisar que o cálculo é feito em cima da renda bruta e não necessariamente sobre aquilo que chega às mãos do trabalhador. Também é importante lembrar que, quanto maior for a entrada, menores serão as prestações, abrindo brecha para que você consiga a aprovação do empréstimo, mesmo sem rendimentos elevados, por exemplo.

Na prática, se a renda bruta na folha de pagamento de uma pessoa, individualmente ou somada ao seu cônjuge, for de R$ 4 mil, os bancos e instituições financeiras poderão autorizar financiamentos habitacionais cujas parcelas mensais não excedam R$ 1,2 mil.

Qual a renda mínima para financiar um imóvel?

Não dá para definir uma renda mínima para financiar um imóvel, tendo em vista que isso depende, antes de mais nada, do valor da propriedade que você deseja comprar. É a partir do preço que poderão ser estipuladas as condições, a entrada, o prazo de pagamento, as taxas de juros e as parcelas, que se limitarão a 30% da renda bruta.

No entanto, é indispensável que o requerente consiga comprovar essa renda, algo que pode ser um pouco desafiador para autônomos, por exemplo. Além do tradicional holerite, outras possibilidades para isso podem incluir a Declaração do Imposto de Renda, extratos de aposentadoria ou Declaração Comprobatória de Percepção de Rendimentos (Decore).

Quais as melhores dicas para financiar um imóvel?

Quais as melhores dicas para financiar um imóvel?

Agora que você já está mais familiarizado com o conceito de renda bruta, entendeu como funciona o processo de financiamento, viu que só podemos comprometer 30% do salário e descobriu que não há renda mínima para isso, vamos dar algumas dicas para que você consiga financiar com o seu salário. 

Comece com um bom planejamento

O primeiro passo para quem quer investir em imóveis por meio de um financiamento imobiliário é fazer um bom planejamento. Afinal, não dá para fazer um investimento tão elevado e por um prazo tão extenso com as contas desorganizadas. Reveja suas despesas, corte gastos desnecessários e coloque tudo no papel.

Compare e faça diversas simulações

Outro passo importante para quem deseja fazer um financiamento é comparar as condições oferecidas pelos bancos e instituições financeiras. No Brasil, a Caixa Econômica Federal costuma ter taxas mais baixas, mas você também pode se beneficiar se for cliente antigo de alguma outra empresa bancária. Use e abuse dos simuladores e converse com seu gerente.

Separe toda a documentação necessária 

Uma vez que você já estiver mais voltado para determinado banco, não perca mais tempo e comece a separar a sua documentação. Esse é um processo um pouco burocrático, então, vale a pena fazer logo a sua parte. Além de documentos pessoais, comece a separar os seus holerites ou demais formas de comprovar a sua renda.

Agora você já sabe quanto pode financiar com seu salário. Se você deseja investir no mercado imobiliário, esteja atento às dicas que separamos aqui e não se esqueça de manter a sua organização financeira.

Gostou de aprender mais sobre quanto você pode financiar com seu salário? Então, confira aqui algumas dicas para comprar um imóvel na planta?